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terça-feira, 7 de junho de 2016

A TERAPIA FLORAL NO TRATAMENTO À MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA E ABUSO

Audiência Pública na Câmara Municipal de São Paulo - 03/03/2016

Nilsa Braga, Eva Blay, Egmar Felippe, Laércio Benko, Rosemary Correa e Katia Pereira


Vinte anos de pesquisa dos Florais Mãe Terra e atendimento como terapeuta floral trouxeram para a minha história profissional o acompanhamento de muitas mulheres vítimas de violência e abusos dos mais variados tipos. Na grande maioria, as sequelas já estavam instaladas e traziam imensas dificuldades comportamentais, comprometendo a plena manifestação da autenticidade ou mesmo da alegria na vida destas pessoas.
Em março de 2016, fui convidada para expor estas experiências em Audiência Pública na Câmara Municipal de São Paulo com o intuito de apresentar como a Terapia Floral pode apoiar e ajudar, efetivamente, as mulheres vítimas de violência.
Agradeço a oportunidade oferecida pelo Vereador Laércio Benko e pelo terapeuta Egmar Felippe, organizadores do evento.
Abaixo, trechos da minha fala:


“É uma honra fazer parte deste grupo que vem à Câmara Municipal expressar suas preocupações e compartilhar experiências, com o objetivo de construir, conjuntamente, soluções para um problema tão sério como a violência contra a mulher.
Sério, antigo, histórico, cultural. Um problema complexo que se reproduz no meio social de forma perniciosa, disfarçado nas piadas, brincadeiras, costumes, crenças e padrões, que sequer são questionados até que as evidências sejam gritantes ou se lamente a morte de mais uma mulher.



                              Quem cala, consente?

Se, em um grande número de vezes, a mulher se cala por medo, vergonha, dependência, ou porque simplesmente não tem forças para se colocar, o mesmo não precisa acontecer com a sociedade e suas instituições, as quais têm o dever de denunciar, interferir e mudar esta situação inaceitável!
Está nas nossas mãos!
Quer salvando vidas, quer educando cidadãos, precisamos empreender esta transformação dando um basta a qualquer tipo de violência, seja de natureza física, sexual ou psicológica.
A “violência contra a mulher” e o “preconceito contra o feminino” andam juntos!
Um bom remédio para o preconceito é a educação!
Um bom remédio para a violência é a autonomia!
A educação de valores assim como o desenvolvimento da autonomia e da autenticidade são temas centrais quando se discute o potencial de transformação social que pode ser promovido com o uso das Essências Florais e Conscienciais (...)
 É preciso pontuar que a violência contra a mulher não pode ser tratada apenas como uma ação contra um único indivíduo.
Ela é uma ação nefasta contra a humanidade e que, na maior parte das vezes, envolve toda a coletividade, gerando outras vítimas, traumas e exemplos de conivência por falta de atitude.
Os casos de violência e abusos físicos, psicológicos ou sexuais, quando abordados na sua integralidade, apresentam uma complexidade muito grande.
O tratamento ideal seria garantido pelo trabalho multiprofissional, envolvendo cuidados de vários profissionais da saúde: física, psicológica, integrativa, consciencial e social.
A Terapia Floral faz a sua parte, provendo informações e condições para que recursos internos sejam mobilizados em apoio à restauração do estado natural da pessoa.
Autopercepção e autoconhecimento estão na raiz deste trabalho, assim como o desenvolvimento da autoestima, da autenticidade e da autonomia.
O que este tratamento com as essências florais viabiliza é um processo de reeducação, no qual a pessoa reaprende a viver, acessar sua singularidade, perceber como pode fazer a diferença, descobrir propósitos de existência e resgatar o seu poder pessoal. Assim, ao reescrever a sua história como protagonista e lutar pelos seus sonhos, a vítima da violência volta a ter esperança.


A Terapia Floral ajuda a tratar as dores mentais e emocionais que ocorrem depois da violência, e que são geradas por um senso difuso de desumanização, desmerecimento, desvalorização, raiva, culpa, medo, insegurança, vergonha...
 É preciso resgatar a dignidade e fortalecer a vítima, a fim de evitar o comprometimento de sua vida relacional no futuro.
A pessoa precisa ter contato com seus sentimentos, sensações, opiniões e verdades.
Sua verdadeira índole precisa ser legitimada! Desta forma, as sequelas podem ser evitadas e a pessoa poderá dar prosseguimento à sua vida e se desvincular do opressor.
 O mesmo podemos dizer com relação ao tratamento das vítimas indiretas da violência contra a mulher: seus filhos, pais, irmãos, amigos ou até vizinhos. Pessoas que também podem ficar marcadas e carregar tais efeitos pelo resto de suas vidas.
Quanta destruição a violência pode causar!
Quantas vidas podem ser afetadas por uma pessoa violenta!
No entanto, por vezes, é este opressor que chega buscando ajuda.
Alguns desesperados por terem pedido a família, outros vinculando os episódios de violência ao uso de drogas e álcool.
Tanto vítimas como agressores relatam infâncias permeadas de violência e abusos de toda ordem.
Uma das coisas mais tristes de se tomar contato é com a crença destas pessoas de que “a surra foi merecida”. Aqui, não me refiro apenas ao opressor, mas a vítima. Quantas mulheres chegam aos nossos consultórios completamente fragmentadas, destruídas e culpadas, dizendo:
“Se eu tivesse me esforçado mais, quem sabe ele não teria chegado a este ponto...”
 “Se eu tivesse suportado mais, quem sabe meus filhos ainda teriam um pai...”
“Afinal, isso é normal, não é? Todo casal tem lá suas brigas!”
Casos muito comuns são os de abuso psicológico. Nestes, a mulher diz: “Ele me xinga e me trata como lixo, mas nunca encostou a mão em mim, eu não tenho do que reclamar...”


Já atendi o caso de uma menina levada para a terapia pelos pais preocupados com o seu mal desempenho escolar, buscando essências para ajudar no aprendizado. Só que o que estava por trás da dificuldade em estudar era um namoradinho, um pré-adolescente, que repetia com ela o abuso psicológico que presenciava na sua própria família.
Em casos como este, também é comum vermos os filhos e as filhas maltratarem e desrespeitarem a mãe, a exemplo do pai.
Bem, o que posso dizer é que a Terapia Floral oferece condições de transformação e manifestação do que há de melhor dentro das pessoas.
Se a Terapia Floral detém o potencial de cuidar, tratar, apoiar, desenvolver, reeducar, ela também pode ser extremamente útil no tocante à prevenção da violência.
E aqui eu cito uma área crucial de utilização da Terapia e das Essências Florais: a Educação.
Quer no seio da família, na escola ou em qualquer outro espaço onde se processe a educação, as essências e a sua terapêutica podem ajudar no cultivo de valores, na manifestação de qualidades, no exercício da Ética e da cidadania, apoiando a formação de cidadãos conscientes, estruturados e aptos a não consentir e a não se calar!
Muito obrigada!"

Katia Regina Tapia Pereira,
Produtora dos Florais Mãe Terra
Presidente da Associação dos Terapeutas Florais do Estado de São Paulo - SPFLOR
Diretora do Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral – CONAFLOR
Membro do Conselho Consultivo da Frente Parlamentar de Práticas Integrativas em Saúde

Leia também:" Terapia Floral: prevenindo e superando a dor do abuso no indivíduo na família e na comunidade" http://floraismaeterra.blogspot.com.br/search/label/Terapia%20Floral%3A%20prevenindo%20e%20superando%20a%20dor%20do%20abuso